Tratamento com Cetamina

Dr. Moacyr Alexandro Rosa | CRM–SP 69816

Dra. Marina Odebrecht Rosa | CRM–SP 107447

Tratamento com Cetamina

Dr. Moacyr Alexandro Rosa
CRM–SP 69816

Dra. Marina Odebrecht Rosa
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Cetamina

A cetamina originalmente uma medicação anestésica, vem sendo utilizada como um agente antidepressivo de ação rápida.
A Cetamina também conhecida “Quetamina”, “Escetamina”, “Esketamina” e “S-Ketamina”, que é a substância purificada e a formulação utilizada nos tratamentos clínicos.

Efeito

A cetamina bloqueia os receptores de glutamato, conhecido como N-metil-D- aspartato (NMDA), além de alterar o funcionamento de receptores, como os dopaminérgicos e serotoninérgicos.
Ela também regula o metabolismo de regiões responsáveis pela modulação do humor, cognição, autocontrole, entre outras funções. Todas estas características são responsáveis pelo efeito antidepressivo e pela redução das ideias de suicídio.

História

Nos anos 60, a cetamina foi sintetizada pela primeira vez por Calvin Steves.
Ainda na década de 60, por causa da sua praticidade e segurança, começou a ser utilizada como anestésico para os soldados americanos durante a guerra do Vietnã.

Nos anos 90, pesquisadores americanos identificaram pela primeira vez um efeito antidepressivo da cetamina e seu pico de resposta ocorreu horas após a aplicação.
A partir de então, muitos outros estudos comprovaram sua eficácia e seu papel antidepressivo foi reconhecido.

Indicação

No Brasil, recentemente a ANVISA aprovou o uso do spray nasal (Spravato) para tratamento da depressão nas seguintes situações:

  1. Depressão resistente ou refratária, que é a depressão que não responde aos tratamentos tradicionais, inclusive à eletroconvulsoterapia – ECT;
  2. Situações em que se é necessário um efeito rápido;
  3. No tratamento da ideação/comportamento suicida, onde há o risco iminente de o paciente atentar contra a própria vida.

O efeito antidepressivo da cetamina é muito rápido e pode durar até duas semanas após a aplicação.
Sendo assim, a cetamina pode ser um complemento na fase aguda até que remédios ou outros tratamentos comecem a fazer efeito.

Benefícios

  • Rápido início de acção, o efeito pode surgir algumas horas após a aplicação;
  • Tratamento reconhecido, seguro e eficaz;
  • Os efeitos colaterais são transitórios e toleráveis.

Tratamento

O tratamento é conduzido por um médico em local adequado com toda monitorização necessária, garantindo conforto e segurança.
A aplicação aprovada pela ANVISA é via spray nasal (Spravato). As demais formas são consideradas experimentais e off-label.
O número das sessões é decidido individualmente para cada paciente, conforme a avaliação médica.

O que é Cetamina

Indicações da Cetamina

Quantas aplicações de Cetamina são necessárias

Contraindicações da Cetamina

Perguntas Frequentes

A cetamina, também chamada de “quetamina”, “escetamina”, “esketamina” e “S-Ketamina” originalmente usada como anestésico, tem se destacado como um antidepressivo de ação rápida.
Seu mecanismo de ação difere dos antidepressivos clássicos, que regulam sistemas de neurotransmissores monoaminérgicos.

A cetamina atua como um antagonista dos receptores N-metil-D-aspartato (NMDA) do glutamato, um neurotransmissor importante no cérebro.
Estudos revelam que ela produz efeitos antidepressivos rápidos e potentes em pacientes com depressão resistente aos tratamentos convencionais e depressão grave.

A cetamina influencia rapidamente a formação sináptica e reverte os déficits sinápticos causados pelo estresse crônico, o que pode contribuir para seus rápidos efeitos antidepressivos.
Além disso, a cetamina demonstrou eficácia no tratamento da ideação suicida e está sendo investigada para desenvolvimento de novos antidepressivos que tenham mecanismos de ação semelhantes, mas com menos efeitos colaterais.

Em suma, a cetamina representa um avanço importante no tratamento da depressão resistente ao tratamento e destaca a importância do sistema glutamatérgico na modulação do humor e no desenvolvimento de terapias antidepressivas.

A cetamina é reconhecida como um antidepressivo de ação rápida, oferecendo uma alternativa promissora para pacientes com casos desafiadores de depressão.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou recentemente o uso da cetamina para tratamento da depressão em circunstâncias específicas:

  1. Depressão Resistente ou Refratária: Esta condição é caracterizada pela falta de resposta aos tratamentos convencionais para depressão, incluindo a eletroconvulsoterapia (ECT).
    A cetamina mostra eficácia nesses casos, atuando por mecanismos diferentes dos antidepressivos tradicionais.
  2. Necessidade de Efeito Rápido: Em situações onde é imperativo um alívio rápido dos sintomas depressivos, a cetamina se destaca pela sua capacidade de agir rapidamente, diferentemente de outros antidepressivos que podem levar semanas para surtir efeito.
  3. Tratamento da Ideação/Comportamento Suicida: Em casos onde há risco iminente de suicídio, a cetamina pode ser utilizada devido à sua rápida ação antidepressiva.
    Esta característica é particularmente valiosa, pois a urgência dessas situações requer uma intervenção imediata e eficaz.

É importante salientar que, apesar dessas aprovações, o uso da cetamina como tratamento para depressão deve ser cuidadosamente monitorado por profissionais de saúde, devido a possíveis efeitos colaterais e à necessidade de administração adequada.
A inclusão da cetamina como opção terapêutica reflete um avanço significativo no tratamento da depressão, especialmente para pacientes que não encontraram alívio com outros métodos.

A cetamina é um medicamento que tem ganhado atenção por sua abordagem ímpar no tratamento da depressão, diferenciando-se significativamente dos antidepressivos mais comuns.
Para entender seu funcionamento de forma didática, vamos explorar como ela age no cérebro e quais impactos isso tem para os pacientes.

Como a Cetamina Funciona: Em termos simples, enquanto a maioria dos antidepressivos convencionais atua principalmente nos neurotransmissores serotonina e noradrenalina, a cetamina tem um mecanismo de ação distinto.
Ela interage principalmente com o receptor NMDA (N-metil-D-aspartato) no cérebro, que está ligado ao glutamato, o neurotransmissor mais abundante.
Ao modular este receptor, a cetamina promove mudanças rápidas na rede neural, o que pode resultar em um alívio mais rápido dos sintomas depressivos.

Do Ponto de Vista do Paciente: Para um paciente sofrendo de depressão, especialmente aqueles que não tiveram sucesso com tratamentos convencionais, a cetamina pode ser uma luz no fim do túnel.
Diferentemente dos antidepressivos tradicionais, que podem levar semanas para começar a fazer efeito, os efeitos da cetamina podem ser sentidos em questão de horas ou dias. Isso é particularmente importante para pacientes com pensamentos suicidas, onde cada momento conta.

Resultados Positivos: Pacientes que usam cetamina frequentemente relatam uma melhora rápida nos sintomas de depressão, incluindo elevação do humor, aumento da energia e diminuição da ideiação suicida.
Alguns descrevem a experiência como um “clareamento” da nebulosidade mental, proporcionando uma nova perspectiva e esperança.

É importante ressaltar que, embora promissora, a cetamina não é uma solução universal.
Seu uso deve ser cuidadosamente gerenciado por profissionais de saúde devido a possíveis efeitos colaterais e especificidades de administração.
Ademais, a cetamina pode ser parte de um plano de tratamento mais amplo, que inclui terapia e outras medicações.
Em resumo, a cetamina representa um avanço importante no tratamento da depressão, oferecendo uma nova esperança para aqueles que lutam contra esta condição desafiadora.
Seu mecanismo de ação único e os resultados rápidos fazem dela uma opção valiosa no campo da saúde mental.

A cetamina, conhecida por sua eficácia no tratamento da depressão, também traz consigo alguns efeitos colaterais que são importantes de conhecer.
Vamos mergulhar nisso com uma mistura de ciência e linguagem acessível.

  1. Efeitos Dissociativos: Um dos efeitos mais notáveis da cetamina é a sensação de dissociação, que pode ser descrita como uma sensação de desligamento do próprio corpo ou do ambiente. Isso ocorre porque a cetamina afeta a maneira como o cérebro processa os sinais sensoriais, alterando a percepção da realidade.
  2. Alterações Psíquicas: Alguns pacientes podem experimentar efeitos como alucinações ou um estado de sonho lúcido. Essas experiências, embora temporárias, podem ser desconcertantes.
  3. Efeitos sobre o Humor: Embora usada para tratar a depressão, a cetamina pode, paradoxalmente, causar alterações de humor em algumas pessoas, incluindo ansiedade ou irritabilidade.
  4. Efeitos Físicos: Alguns pacientes podem sentir náuseas, vômitos, aumento da pressão arterial, e taquicardia (coração acelerado) após a administração da cetamina.
  5. Potencial de Abuso: A cetamina também tem um histórico de uso recreativo devido aos seus efeitos psicoativos. Portanto, existe um risco de abuso e dependência, especialmente em pessoas com histórico de abuso de substâncias.
  6. Reações Alérgicas: Embora raras, reações alérgicas à cetamina podem ocorrer, exigindo atenção médica imediata.

É importante ressaltar que a administração de cetamina para depressão é feita sob rigoroso controle médico, muitas vezes em ambiente clínico, para minimizar esses efeitos colaterais e garantir a segurança do paciente.
Os profissionais de saúde avaliam cuidadosamente os benefícios e os riscos antes de prescrever este tratamento.

A cetamina é um exemplo fascinante de como um medicamento pode ter usos e efeitos tão diversos, destacando a complexidade da medicina e da farmacologia no tratamento de condições de saúde mental.

A aplicação aprovada pela ANVISA é via spray nasal (Spravato). As demais formas são consideradas experimentais e off-label.

O efeito antidepressivo da cetamina é muito rápido e pode durar de uma a duas semanas após a aplicação.
Sendo assim, a cetamina pode ser um complemento na fase aguda até que remédios ou outros tratamentos comecem a fazer efeito.

Na psiquiatria, a cetamina é considerada segura para uso em indicações específicas, principalmente devido aos seus efeitos rápidos e eficazes no tratamento da depressão resistente.

Ela tem um perfil de segurança bem estabelecido quando administrada sob supervisão médica em um ambiente clínico.

Seu uso em um ambiente controlado e com dosagem apropriada minimiza o risco de efeitos colaterais, tornando-a uma opção valiosa para o tratamento de condições psiquiátricas específicas.

A cetamina é aprovada tanto pelo FDA nos Estados Unidos quanto pela Anvisa no Brasil. Nos EUA, o FDA aprovou a cetamina, na forma de spray nasal (Spravato), para tratar depressão resistente em adultos.

No Brasil, a Anvisa também aprovou o uso de cetamina em spray nasal para casos de depressão resistente ao tratamento.

A cetamina possui um potencial de dependência, especialmente quando usada fora de um ambiente clínico controlado.
Em um contexto terapêutico, onde é administrada sob supervisão médica e em doses controladas, o risco de vício é consideravelmente reduzido.

A cetamina pode causar sensações de euforia e dissociação, o que contribui para o seu potencial de abuso.
Por isso, é crucial o monitoramento e acompanhamento cuidadoso por profissionais de saúde, especialmente em pacientes com histórico de abuso de substâncias.

Quando usada corretamente em tratamentos psiquiátricos, a cetamina é uma ferramenta valiosa com benefícios significativos, mas sua gestão e administração devem ser rigorosamente controladas para prevenir o risco de dependência.

A utilização da cetamina durante a gravidez é uma questão delicada e deve ser abordada com cautela.
Não há evidências conclusivas que indiquem a segurança da cetamina em gestantes, e geralmente, seu uso é evitado nesse período devido à falta de dados robustos sobre possíveis efeitos no desenvolvimento fetal.

Em situações em que é considerada necessária para a mãe, os benefícios e riscos devem ser cuidadosamente avaliados por um médico especialista.
Em resumo, a decisão de usar cetamina durante a gravidez deve ser tomada com base em uma avaliação médica cuidadosa do risco-benefício.

A cetamina pode ser usada em conjunto com outros medicamentos, mas esta combinação requer cuidado e supervisão médica.
O principal motivo é que a cetamina pode interagir com outras substâncias, alterando seus efeitos ou aumentando o risco de efeitos colaterais.
Por exemplo, misturar cetamina com medicamentos que afetam o sistema nervoso central, como benzodiazepínicos ou opiáceos, pode aumentar o risco de sedação excessiva e outros efeitos adversos.

Portanto, a coadministração de cetamina com outros medicamentos deve sempre ser feita sob orientação e monitoramento de um Psiquiatra, que pode avaliar os benefícios e riscos e ajustar as dosagens conforme necessário.

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