LIMITE ENTRE NORMAL E DOENTIO
LIMITE ENTRE NORMAL E DOENTIO
Qual o Limite Entre Normal e Doentio?
Um debate acirrado tem sido travado entre filósofos, sociólogos e os psis (psiquiatras, psicólogos, psicopedagogos, psicanalistas, psicoterapeutas etc) sobre os limites do que se pode considerar normal e que comportamento passa a ser considerado anormal, diferente, exagerado, descontrolado ou doentio.
Uma pressão subliminar com prováveis interesses financeiros tende a forçar uma expansão do que se deve considerar doentio para que seja tratado com remédios.
A pílula da felicidade já rendeu e continua rendendo fortunas. Publicações científicas mal interpretadas questionam a eficácia destas medicações, pois não parecem superiores ao chamado placebo (comprimido sem o princípio ativo).
No entanto, olhos mais sagazes percebem que as medicações são melhores que o placebo para depressões mais graves (que estariam no nível doentio) e mais parecidas com o placebo nas depressões leves (mais próximas do que chamaríamos tristeza normal).
Ninguém sabe realmente o limiar entre normal e o doentio. Provavelmente existem casos que são limítrofes e vão ficar sem uma resposta clara sobre o que é melhor fazer para eles.
As classificações existem para facilitar o entendimento do que está acontecendo. Elas oferecem uma base de comparação com quadros semelhantes que ocorreram com outras pessoas e como elas evoluíram. Ajudam a decidir sobre utilizar diferentes abordagens terapêuticas, desde nenhuma, até uma psicoterapia (tratamento através do diálogo), chegando por vezes às medicações ou outras intervenções como a estimulação magnética transcraniana (EMT) e a eletroconvulsoterapia (ECT).
O importante é ter claro que as classificações são sempre arbitrárias e tendem à generalização. Os casos individuais serão sempre únicos e irrepetíveis. Tomemos, por exemplo, o transtorno bipolar. Há uma tendência atual a chamar todas as pessoas que têm variações no humor de bipolares.
Há uns 40 anos atrás, poucos dos bipolares atuais se encaixariam no que se chamava então psicose maníaco-depressiva. Era necessário que houvesse variações mais intensas entre depressão e mania (exaltação exagerada e descontrolada).
Existe a tristeza. Não é o mesmo que o transtorno que chamamos de depressão. Tristeza é normal. Todos têm. Quem nunca fica triste, provavelmente tem algum problema sério. Reagir à tristeza é parte da vida e nos faz amadurecer. Por outro lado, tristeza é um dos sintomas da depressão. Mas existem outros, como perda do apetite, perda da iniciativa, perda do interesse sexual, incapacidade para trabalhar, desejo de morrer, etc.
Para que seja depressão é necessário que haja mais do que somente a tristeza e esta tem que ser prolongada o suficiente para que se conclua que a pessoa não consegue reagir sozinha. Como disse antes, muitas vezes é difícil saber o ponto de inflexão.
Para isso servem os profissionais de saúde, neste caso os psicólogos e os psiquiatras. Os primeiros são mais especializados em abordar as questões através do diálogo e os segundos são médicos que utilizam além do diálogo, outros tratamentos como as medicações. Importante ter claro que depressão não é falta de caráter, nem falta de religiosidade.
É uma doença que pode atingir qualquer um. Ela não respeita idade, nem sexo, nem religião, nem nada. Ninguém está livre, apesar de alguns terem uma tendência familiar mais intensa.
Existe a alegria. Também é parte integrante de uma vida normal. Quem nunca fica alegre tem algo de errado. A vida consiste em fases mais alegres e fases mais tristes, intercaladas por períodos sem muita polarização. Fazendo um paralelo com o que foi dito sobre a depressão, existe uma alegria exagerada e descontrolada a que chamamos de hipomania e que pode chegar a um descontrole intenso, com perda da noção da realizada a que chamamos de mania.
Pessoas que têm episódios de depressão intercalados com episódios de hipomania e mania são classificados como tendo o transtorno bipolar do humor. Medicações específicas para este transtorno existem, como o lítio, por exemplo, e têm comprovada eficácia no tratamento e na prevenção destes episódios.
O consultório de um(a) psicólogo(a) pode ajudar a enfrentar tristezas mais intensas que ainda não passaram a ser uma depressão, mas já saíram do ponto em que se resolve sozinho.
Quando se conclui que o entendimento da situação e da causa não é suficiente para que a tristeza desapareça; quando esta passa a ser acompanhada de outros sintomas; ou quando se prolonga por muito tempo, um psiquiatra pode ajudar a avaliar a necessidade de se combinar um remédio.
Quadros bipolares são, quase sempre, de responsabilidade dos psiquiatras e os psicólogos podem auxiliar os pacientes que sofrem deste transtorno a entenderem melhor o que acontece com eles e a lidar melhor com isso.
Um debate acirrado tem sido travado entre filósofos, sociólogos e os psis (psiquiatras, psicólogos, psicopedagogos, psicanalistas, psicoterapeutas etc) sobre os limites do que se pode considerar normal e que comportamento passa a ser considerado anormal, diferente, exagerado, descontrolado ou doentio.
Uma pressão subliminar com prováveis interesses financeiros tende a forçar uma expansão do que se deve considerar doentio para que seja tratado com remédios.
A pílula da felicidade já rendeu e continua rendendo fortunas. Publicações científicas mal interpretadas questionam a eficácia destas medicações, pois não parecem superiores ao chamado placebo (comprimido sem o princípio ativo).
No entanto, olhos mais sagazes percebem que as medicações são melhores que o placebo para depressões mais graves (que estariam no nível doentio) e mais parecidas com o placebo nas depressões leves (mais próximas do que chamaríamos tristeza normal).
Ninguém sabe realmente o limiar entre normal e o doentio. Provavelmente existem casos que são limítrofes e vão ficar sem uma resposta clara sobre o que é melhor fazer para eles.
As classificações existem para facilitar o entendimento do que está acontecendo. Elas oferecem uma base de comparação com quadros semelhantes que ocorreram com outras pessoas e como elas evoluíram. Ajudam a decidir sobre utilizar diferentes abordagens terapêuticas, desde nenhuma, até uma psicoterapia (tratamento através do diálogo), chegando por vezes às medicações ou outras intervenções como a estimulação magnética transcraniana (EMT) e a eletroconvulsoterapia (ECT).
O importante é ter claro que as classificações são sempre arbitrárias e tendem à generalização. Os casos individuais serão sempre únicos e irrepetíveis. Tomemos, por exemplo, o transtorno bipolar. Há uma tendência atual a chamar todas as pessoas que têm variações no humor de bipolares.
Há uns 40 anos atrás, poucos dos bipolares atuais se encaixariam no que se chamava então psicose maníaco-depressiva. Era necessário que houvesse variações mais intensas entre depressão e mania (exaltação exagerada e descontrolada).
Existe a tristeza. Não é o mesmo que o transtorno que chamamos de depressão. Tristeza é normal. Todos têm. Quem nunca fica triste, provavelmente tem algum problema sério. Reagir à tristeza é parte da vida e nos faz amadurecer. Por outro lado, tristeza é um dos sintomas da depressão. Mas existem outros, como perda do apetite, perda da iniciativa, perda do interesse sexual, incapacidade para trabalhar, desejo de morrer, etc.
Para que seja depressão é necessário que haja mais do que somente a tristeza e esta tem que ser prolongada o suficiente para que se conclua que a pessoa não consegue reagir sozinha. Como disse antes, muitas vezes é difícil saber o ponto de inflexão.
Para isso servem os profissionais de saúde, neste caso os psicólogos e os psiquiatras. Os primeiros são mais especializados em abordar as questões através do diálogo e os segundos são médicos que utilizam além do diálogo, outros tratamentos como as medicações. Importante ter claro que depressão não é falta de caráter, nem falta de religiosidade.
É uma doença que pode atingir qualquer um. Ela não respeita idade, nem sexo, nem religião, nem nada. Ninguém está livre, apesar de alguns terem uma tendência familiar mais intensa.
Existe a alegria. Também é parte integrante de uma vida normal. Quem nunca fica alegre tem algo de errado. A vida consiste em fases mais alegres e fases mais tristes, intercaladas por períodos sem muita polarização. Fazendo um paralelo com o que foi dito sobre a depressão, existe uma alegria exagerada e descontrolada a que chamamos de hipomania e que pode chegar a um descontrole intenso, com perda da noção da realizada a que chamamos de mania.
Pessoas que têm episódios de depressão intercalados com episódios de hipomania e mania são classificados como tendo o transtorno bipolar do humor. Medicações específicas para este transtorno existem, como o lítio, por exemplo, e têm comprovada eficácia no tratamento e na prevenção destes episódios.
O consultório de um(a) psicólogo(a) pode ajudar a enfrentar tristezas mais intensas que ainda não passaram a ser uma depressão, mas já saíram do ponto em que se resolve sozinho.
Quando se conclui que o entendimento da situação e da causa não é suficiente para que a tristeza desapareça; quando esta passa a ser acompanhada de outros sintomas; ou quando se prolonga por muito tempo, um psiquiatra pode ajudar a avaliar a necessidade de se combinar um remédio.
Quadros bipolares são, quase sempre, de responsabilidade dos psiquiatras e os psicólogos podem auxiliar os pacientes que sofrem deste transtorno a entenderem melhor o que acontece com eles e a lidar melhor com isso.