Eletroconvulsoterapia

Dr. Moacyr Alexandro Rosa | CRM–SP 69816

Dra. Marina O. Rosa | CRM–SP 107447

Eletroconvulsoterapia

Eletroconvulsoterapia

Dr. Moacyr Alexandro Rosa | CRM–SP 69816

Dra. Marina O. Rosa | CRM–SP 107447

Eletroconvulsoterapia

Eletroconvulsoterapia – ECT

A Eletroconvulsoterapia (ECT)  é uma estimulação do cérebro por meio de ondas elétricas que induzem disparos rítmicos cerebrais controlados com o objetivo de equilibrar o funcionamento cerebral e seus principais neurotransmissores, como a serotonina, dopamina, noradrenalina e glutamato. A técnica promove uma reorganização do cérebro por meio do equilíbrio e da liberação desses neurotransmissores.

Indicações

  • Depressão refratária (quando os remédios não surtiram efeito);
  • Depressão recorrente (mais de um episódio depressivo);
  • Depressão grave com sintomas psicóticos (alucinações ou delírios);
  • Depressão com risco de suicídio;
  • Transtorno bipolar (fase depressiva grave com ou sem sintomas psicóticos e mania agitada);
  • Esquizofrenia refratária;
  • Quadros de catatonia;
  • Transtornos mentais na gravidez, como transtornos psicóticos, depressão e bipolar;
  • Pacientes que não toleram efeitos colaterais de medicações;
  • Mania/euforia e seus subtipos;
  • Esquizofrenia e outras psicoses funcionais resistentes ao uso de antipsicóticos;
  • Transtorno obsessivo compulsivo (TOC);
  • Epilepsia refratária e transtornos mentais em epilépticos;
  • Síndrome neuroléptica maligna;
  • Doença de Parkinson (há melhora dos sintomas extrapiramidais e depressivos).

Casos graves

De modo geral, tem indicação como primeiro tratamento com ECT nos quadros de:

  • Risco iminente de suicídio;
  • Quando há necessidade de acelerar a resposta antidepressiva;
  • Desnutrição que põe em risco a vida do paciente;
  • Presença de sintomas catatônicos;
  • Presença de sintomas psicóticos graves.

Casos especiais

Na ECT, os especialistas têm encontrado a melhor alternativa em situações nas quais outros tratamentos são mais arriscados devido aos efeitos colaterais, como por exemplo:

  • Em pacientes idosos, pois são mais sensíveis aos efeitos colaterais de medicamentos;
  • Durante a gestação. Considerando que muitas medicações podem fazer mal para o embrião/feto;
  • Durante a amamentação, pois as medicações passam para o leite materno.

Benefícios

Os quadros depressivos, em geral, são os que melhor respondem à ECT. Geralmente é utilizada quando as medicações não surtiram efeito ou quando há excesso de efeitos colaterais das mesmas.
Todos os subtipos de depressão podem se beneficiar, tais como: leve, moderada, grave, refratária, recorrente, unipolar, bipolar, ansiosa, com ou sem sintomas psicóticos, associada a transtorno de personalidade (como distimia) ou a outra doença orgânica.
Traz bem-estar emocional devido ao equilíbrio dos neurotransmissores.
Transtornos nos quais outras intervenções tiveram pouco ou nenhum efeito, a ECT se mostra eficaz e segura.

Eficácia

A ECT tem índices de eficácia que chegam a 90%. Além disso, estudos demonstram sua superioridade em relação a tratamentos com medicamentos, que apresentam eficácia entre 60 e 70%.
Nos casos de episódios depressivos primários, ou seja, onde há ausência de transtornos mentais associados e ausência de doenças físicas, a taxa de remissão é estimada entre 80 e 90%.
A ECT é um tratamento que pode ter resposta rápida (em geral, após oito aplicações).

Reconhecimento

O método é reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina (Resolução CFM: 1.640/2002). Segundo estimativas, mais de 50 mil pessoas são tratadas com ECT nos Estados Unidos. Essa técnica tem sido amplamente utilizada nos mais conceituados hospitais do país, embora ainda não existam dados precisos no Brasil.

História no Brasil

Dr. Moacyr Rosa, psiquiatra e diretor do IPAN, teve participação na elaboração das Diretrizes da prática da ECT no Brasil, publicada pela Associação Médica Brasileira e Associação Brasileira de Psiquiatria.

Segurança

A ECT é um tratamento seguro, realizado em ambiente hospitalar, com equipe especializada, aparelhagens modernas, anestesia geral e todo aparato necessário. A pessoa recebe alta no mesmo dia.

Equipamento

O equipamento de ECT é especialmente desenvolvido para esta técnica e está registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA registro nº 80342230008).

Sessões

A ECT é realizada em ambiente hospitalar, com anestesia geral.
Geralmente são realizadas duas a três sessões de ECT por semana, até que haja uma melhora. O número de sessões é individualizado para cada caso.
Durante as sessões, todas as reações são monitoradas por meio de equipamentos específicos.

Tratamento

A ECT promove uma reorganização do cérebro através da liberação dos principais neurotransmissores envolvidos nos transtornos mentais, incluindo serotonina, noradrenalina, dopamina e glutamato. Os neurotransmissores são responsáveis por propagar os impulsos nervosos do cérebro e manter o bem estar emocional. Essa reação cerebral dura alguns segundos e é fundamental para o efeito terapêutico.
Até o presente, nenhuma medicação se igualou, em eficácia, à ECT.
A ECT funciona de forma análoga a um “restart” de computador que permite ao cérebro voltar ao seu funcionamento normal e com os neurotransmissores mais equilibrados.

Preconceito

A falta de informação e o preconceito impedem que muitas pessoas se beneficiem desse reconhecido, eficaz e seguro tratamento.
Sem dúvida, é um tratamento polêmico, devido principalmente à falta de conhecimento dessa importante técnica. Parte disso tem origem na ignorância e no mau uso que sofreu ao longo dos anos. Infelizmente, a mídia mostra a técnica como era realizada no passado, sem anestesia. Definitivamente não é algo agressivo e doloroso.
No mundo todo já existem reconhecimentos da eficácia, segurança e capacidade terapêutica da ECT.

psiquiatra sao paulo - ECT

História no Brasil

Dr. Moacyr Rosa, psiquiatra e diretor do IPAN, começou a trabalhar com ECT em 1992 e participou da elaboração das Diretrizes dessa prática no Brasil, publicada pela Associação Médica Brasileira e Associação Brasileira de Psiquiatria. Dr. Moacyr Rosa e Dra. Marina Rosa escreveram os primeiros livros de ECT no Brasil e, além disso, inúmeros capítulos de livros. Eles também já realizaram pesquisas científicas e produziram diversos artigos sobre esse tema. Por esses motivos são considerados referência no Brasil em ECT.

“A ECT funciona de forma análoga a um ‘restart’ de computador que permite ao cérebro voltar ao seu funcionamento normal e com os neurotransmissores mais equilibrados.”