Eletroconvulsoterapia

Dr. Moacyr Alexandro Rosa | CRM–SP 69816

Dra. Marina O. Rosa | CRM–SP 107447

Eletroconvulsoterapia

Eletroconvulsoterapia

Dr. Moacyr Alexandro Rosa | CRM–SP 69816

Dra. Marina O. Rosa | CRM–SP 107447

Eletroconvulsoterapia

Eletroconvulsoterapia – ECT

A Eletroconvulsoterapia (ECT)  é uma estimulação do cérebro por meio de ondas elétricas que induzem disparos rítmicos cerebrais controlados com o objetivo de equilibrar o funcionamento cerebral e seus principais neurotransmissores, como a serotonina, dopamina, noradrenalina e glutamato. A técnica promove uma reorganização do cérebro por meio do equilíbrio e da liberação desses neurotransmissores.

Indicações

  • Depressão refratária (quando os remédios não surtiram efeito);
  • Depressão recorrente (mais de um episódio depressivo);
  • Depressão grave com sintomas psicóticos (alucinações ou delírios);
  • Depressão com risco de suicídio;
  • Transtorno bipolar (fase depressiva grave com ou sem sintomas psicóticos e mania agitada);
  • Esquizofrenia refratária;
  • Quadros de catatonia;
  • Transtornos mentais na gravidez, como transtornos psicóticos, depressão e bipolar;
  • Pacientes que não toleram efeitos colaterais de medicações;
  • Mania/euforia e seus subtipos;
  • Esquizofrenia e outras psicoses funcionais resistentes ao uso de antipsicóticos;
  • Transtorno obsessivo compulsivo (TOC);
  • Epilepsia refratária e transtornos mentais em epilépticos;
  • Síndrome neuroléptica maligna;
  • Doença de Parkinson (há melhora dos sintomas extrapiramidais e depressivos).

Casos graves

De modo geral, tem indicação como primeiro tratamento com ECT nos quadros de:

  • Risco iminente de suicídio;
  • Quando há necessidade de acelerar a resposta antidepressiva;
  • Desnutrição que põe em risco a vida do paciente;
  • Presença de sintomas catatônicos;
  • Presença de sintomas psicóticos graves.

Casos especiais

Na ECT, os especialistas têm encontrado a melhor alternativa em situações nas quais outros tratamentos são mais arriscados devido aos efeitos colaterais, como por exemplo:

  • Em pacientes idosos, pois são mais sensíveis aos efeitos colaterais de medicamentos;
  • Durante a gestação. Considerando que muitas medicações podem fazer mal para o embrião/feto;
  • Durante a amamentação, pois as medicações passam para o leite materno.

Benefícios

Os quadros depressivos, em geral, são os que melhor respondem à ECT. Geralmente é utilizada quando as medicações não surtiram efeito ou quando há excesso de efeitos colaterais das mesmas.
Todos os subtipos de depressão podem se beneficiar, tais como: leve, moderada, grave, refratária, recorrente, unipolar, bipolar, ansiosa, com ou sem sintomas psicóticos, associada a transtorno de personalidade (como distimia) ou a outra doença orgânica.
Traz bem-estar emocional devido ao equilíbrio dos neurotransmissores.
Transtornos nos quais outras intervenções tiveram pouco ou nenhum efeito, a ECT se mostra eficaz e segura.

Eficácia

A ECT tem índices de eficácia que chegam a 90%. Além disso, estudos demonstram sua superioridade em relação a tratamentos com medicamentos, que apresentam eficácia entre 60 e 70%.
Nos casos de episódios depressivos primários, ou seja, onde há ausência de transtornos mentais associados e ausência de doenças físicas, a taxa de remissão é estimada entre 80 e 90%.
A ECT é um tratamento que pode ter resposta rápida (em geral, após oito aplicações).

Reconhecimento

O método é reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina (Resolução CFM: 1.640/2002). Segundo estimativas, mais de 50 mil pessoas são tratadas com ECT nos Estados Unidos. Essa técnica tem sido amplamente utilizada nos mais conceituados hospitais do país, embora ainda não existam dados precisos no Brasil.

História no Brasil

Dr. Moacyr Rosa, psiquiatra e diretor do IPAN, teve participação na elaboração das Diretrizes da prática da ECT no Brasil, publicada pela Associação Médica Brasileira e Associação Brasileira de Psiquiatria.

Segurança

A ECT é um tratamento seguro, realizado em ambiente hospitalar, com equipe especializada, aparelhagens modernas, anestesia geral e todo aparato necessário. A pessoa recebe alta no mesmo dia.

Equipamento

O equipamento de ECT é especialmente desenvolvido para esta técnica e está registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA registro nº 80342230008).

Sessões

A ECT é realizada em ambiente hospitalar, com anestesia geral.
Geralmente são realizadas duas a três sessões de ECT por semana, até que haja uma melhora. O número de sessões é individualizado para cada caso.
Durante as sessões, todas as reações são monitoradas por meio de equipamentos específicos.

Tratamento

A ECT promove uma reorganização do cérebro através da liberação dos principais neurotransmissores envolvidos nos transtornos mentais, incluindo serotonina, noradrenalina, dopamina e glutamato. Os neurotransmissores são responsáveis por propagar os impulsos nervosos do cérebro e manter o bem estar emocional. Essa reação cerebral dura alguns segundos e é fundamental para o efeito terapêutico.
Até o presente, nenhuma medicação se igualou, em eficácia, à ECT.
A ECT funciona de forma análoga a um “restart” de computador que permite ao cérebro voltar ao seu funcionamento normal e com os neurotransmissores mais equilibrados.

Preconceito

A falta de informação e o preconceito impedem que muitas pessoas se beneficiem desse reconhecido, eficaz e seguro tratamento.
Sem dúvida, é um tratamento polêmico, devido principalmente à falta de conhecimento dessa importante técnica. Parte disso tem origem na ignorância e no mau uso que sofreu ao longo dos anos. Infelizmente, a mídia mostra a técnica como era realizada no passado, sem anestesia. Definitivamente não é algo agressivo e doloroso.
No mundo todo já existem reconhecimentos da eficácia, segurança e capacidade terapêutica da ECT.

psiquiatra sao paulo - ECT

História no Brasil

Dr. Moacyr Rosa, psiquiatra e diretor do IPAN, começou a trabalhar com ECT em 1992 e participou da elaboração das Diretrizes dessa prática no Brasil, publicada pela Associação Médica Brasileira e Associação Brasileira de Psiquiatria. Dr. Moacyr Rosa e Dra. Marina Rosa escreveram os primeiros livros de ECT no Brasil e, além disso, inúmeros capítulos de livros. Eles também já realizaram pesquisas científicas e produziram diversos artigos sobre esse tema. Por esses motivos são considerados referência no Brasil em ECT.

“A ECT funciona de forma análoga a um ‘restart’ de computador que permite ao cérebro voltar ao seu funcionamento normal e com os neurotransmissores mais equilibrados.”

Perguntas Frequentes

É uma estimulação elétrica do cérebro, que induz disparos rítmicos autolimitados. Com isso, ocorre um equilíbrio nos neurotransmissores como a serotonina, dopamina, noradrenalina e glutamato, responsáveis por propagar os impulsos nervosos do cérebro e manter seu funcionamento normal. A duração do estímulo é de alguns segundos e tem como objetivo aliviar os sintomas da doença. É um tratamento eficaz e seguro, indicado em doenças psiquiátricas, principalmente a depressão. É realizado em sessões, cuja quantidade é definida pelo psiquiatra, em ambiente hospitalar e com o paciente anestesiado para que não haja desconforto ou dor. O paciente recebe alta no mesmo dia.
Sim!  A taxa de mortalidade é estimada em 0,1% a 0,01%, sendo que o principal risco é o da própria indução anestésica. Lembramos que, doenças clínicas não controladas (especialmente cardiovasculares), aumentam o risco do procedimento.
O primeiro passo é realizar os exames pré-ECT para evitar qualquer tipo de risco ou complicação. Os principais exames são:
  • Hemograma completo
  • Dosagem sérica de ureia e creatinina
  • Dosagem sérica de sódio e potássio
  • Glicemia de jejum
  • Radiografia de tórax
  • Eletrocardiograma
  • Coagulograma
  • Encaminhamento do médico psiquiatra responsável
  • Avaliação cardiológica com risco cirúrgico
Em alguns casos, outros exames podem ser necessários conforme avaliação médica
As sessões acontecem às segundas, quartas e sextas-feiras, no período da manhã (exceto feriados e emendas de feriados)), no Centro Cirúrgico Unity (Lipomed), localizado na Av. Indianópolis, 595, Moema, São Paulo, SP. 
  • Para o tratamento, é imprescindível portar os exames pré-ECT e estar em jejum absoluto de 8 (oito) horas para alimentos sólidos e líquidos, incluindo água, a menos que necessite administrar medicações de uso contínuo (como para pressão alta, diabetes, etc.). Neste caso, ministrar normalmente e com pouca água, 2h antes da sessão.
  • É necessário estar acompanhado de um adulto com mais de 18 anos e capaz, desde o momento de chegada até o término do procedimento.
  • O procedimento total, da chegada à saída, dura em média uma hora. Usar roupas confortáveis.
  • Não molhar o cabelo na manhã do procedimento.
  • Não dirigir automóvel ou outros veículos, durante todo o dia. O paciente não pode ser transportado na garupa de motocicleta após o procedimento.
  • Dores de cabeça e musculares são comuns e o uso de analgésicos pode ser necessário.
  • A perda de memória é variável de acordo com a sensibilidade de cada um e, em geral, a recuperação ocorre após o fim das sessões.
  • Não é recomendável tomar decisões importantes durante o período de tratamento (por exemplo, assinar documentos, comprar imóveis, etc.).
  • Alguns medicamentos deverão ser suspensos antes de iniciar o procedimento, a critério do médico.
  • A maioria dos pacientes requer de 6 a 12 sessões (a decisão será de responsabilidade do médico responsável, podendo os médicos do IPAN opinar quando solicitados).
É importante conversar com o seu médico e tirar todas as dúvidas.
A eletroconvulsoterapia (ECT) é uma técnica que existe desde 1938 e que, atualmente, utiliza-se de aparelhagens modernas e avançadas, além de anestesia e todo aparato necessário, para produzir estímulos elétricos no cérebro que induzem disparos rítmicos autolimitados. Com isso, ocorre um equilíbrio nos neurotransmissores como a serotonina, dopamina, noradrenalina, glutamato, para tentar restabelecer a normalidade do funcionamento.
De forma nenhuma.  O tratamento é especializado e seguro, utilizado nos principais centros médicos do mundo. Podemos até dizer que a ECT realizada atualmente é outro tratamento, bem diferente do antigo.
A ECT aplicada atualmente é denominada uma técnica modernizada por:
  • ser realizada com anestesia;
  • ser aplicada em ambiente hospitalar;
  • utilizar-se de aparelhagens de última geração;
  • ser ministrada por profissionais especialistas e com equipes treinadas.
A técnica é indolor pelo uso de anestesia geral, dura cerca de 3 a 5 minutos. Além disso, utiliza-se de relaxante muscular para amenizar os efeitos desencadeados por disparos rítmicos autolimitados. E por fim, exige o uso de oxigenação por máscara para evitar qualquer tipo de dano cerebral. Lembramos que, conforme indicação médica, outras medicações podem ser necessárias.
É a que apresenta eficácia e perfil benigno de efeitos colaterais, principalmente o de memória. Difere da técnica antiga, pois utiliza um tipo de onda de pulso breve e ultrabreve, parecido com a onda fisiológica do nosso organismo. Difere também em relação à localização dos eletrodos: Unilateral, ou seja, aplicados apenas de um lado da cabeça, preservando a memória. E, por fim, a intensidade do estímulo é calculada individualmente para se adequar a cada paciente. Todas estas características tornam a ECT mais sensível, eficaz e segura, e com poucos efeitos colaterais.
Sim, pois a utilização da técnica modernizada, com anestesia, permite isso.
As aplicações, ministradas por psiquiatras devidamente especializados, são realizadas em ambiente hospitalar, com o uso da técnica modernizada e avançada. O paciente deve chegar ao hospital em jejum absoluto de 8 horas e, após ser acolhido na recepção, ser avaliado pelas equipes de enfermagem, psiquiátrica e anestesia. É realizada a infusão das medicações (anestésico, relaxante muscular e outras, se houver indicação), por meio de acesso venoso (procedimento que pode ser incômodo). Quando o paciente estiver completamente anestesiado (inconsciente), é feito o estímulo elétrico, com duração de 2 a 8 segundos. O estímulo elétrico desencadeia disparos rítmicos cerebrais autolimitados de aproximadamente 20 segundos, praticamente imperceptível. Durante todo o processo, o paciente fará uso de oxigenação por máscara. Em seguida, ao retomar a consciência, fará um lanche leve, será avaliado pela equipe e liberado para deixar o hospital.
O número de aplicações de ECT não é padronizado e há um consenso de que não deva ser previamente fixado, pois depende de alguns fatores, como: diagnóstico, gravidade, tolerância às alterações cognitivas, idade, complicações clínicas, entre outros. A maioria dos pacientes requer entre 6 a 12 sessões de ECT. Em geral, são necessárias de 6 a 8 sessões para alcançar o resultado desejado.
O tratamento com ECT é realizado três vezes por semana, em dias alternados (segunda, quarta e sexta-feira), esquema que permite o equilíbrio entre a velocidade da resposta clínica e o tempo entre as aplicações para que haja a recuperação completa.
Quando há melhora clínica, o tratamento de manutenção é indicado, porém, sua administração fica a critério do psiquiatra e vontade do paciente. De qualquer forma, recomenda-se a redução gradativa das aplicações (por exemplo: semanal, quinzenal ou mensal, conforme avaliação e indicação).
A principal indicação é no tratamento da depressão. E pode ser realizada em todos os tipos de depressão: moderada, grave, refratária, unipolar, bipolar, catatônica, ansiosa, com ou sem sintomas psicóticos. Também é indicada quando a depressão está associada a transtornos de personalidade, como distimia, doença orgânica e na gestação. Nesta última, é a primeira indicação, por ter um perfil benigno de efeitos colaterais e não possuir ação teratogênica. Também é utilizada quando há risco de suicídio, refratariedade e catatonia, ou seja, em quadros mais graves. Outras indicações são: síndrome neuroléptica maligna, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), esquizofrenia, doença de Parkinson e epilepsia.
Não há contraindicações absoluta para o tratamento com ECT, apenas cuidados especiais em casos de lesões cerebrais graves e de alterações cardiovasculares instáveis e não tratadas.
O efeito colateral mais temido com a ECT é a perda de memória que, mas com o uso de técnicas modernizada e avançada, este efeito é reduzido. Outros efeitos comuns são dor de cabeça, enjoo e dor muscular, mas que podem ser aliviados com uso de medicação.
A perda de memória é uma das maiores preocupações com a ECT. Em alguns casos, a depressão, por si só, pode estar acompanhada de profundas alterações cognitivas, podendo até, apresentar semelhança com quadros demenciais. Nestes quadros, a ECT pode ser responsável por uma importante melhora da memória. As alterações de memória induzidas pela ECT variam de acordo com vários fatores, como: tipo de onda utilizado para o estímulo (menor alteração com ondas de pulso breve e ultrabreve), intensidade do estímulo, número e frequência de aplicações (quanto menor a intensidade, o número e a frequência, menos alterações), técnica utilizada (a ECT bilateral promove muito mais efeitos cognitivos que a unilateral), idade do paciente (idosos são mais sensíveis), e, por fim, presença ou não de disfunção cerebral preexistente. Em outros casos pode haver esquecimento, principalmente de fatos ocorridos próximos às aplicações. No entanto, isto costuma se resolver após o término do tratamento.
Antes das sessões de ECT é necessário jejum absoluto de 8 horas, remoção de próteses dentárias, portar os exames, tomar as medicações de rotina (exemplo: anti-hipertensivas), se houver. Também é recomendado: não dirigir, não operar máquinas e não tomar decisões importantes durante o tratamento. Se não houver problemas, seguir com as atividades diárias normalmente.
Em geral, sim, a maioria das medicações pode ser continuada durante o tratamento com ECT. No entanto, existem medicações que exigem atenção especial, por isso, é importante informar o médico para obter orientações. Tratamentos para hipertensão e diabetes, a princípio, devem ser mantidos.
Sim, a ECT é um tratamento seguro. A taxa de mortalidade é estimada em 0,1% a 0,01%, que corresponde ao risco da própria indução anestésica. A principal causa de morte se deve a complicações cardiovasculares, mas, com o uso criterioso da técnica, esse risco é reduzido. O método é reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina (Resolução CFM: 1.640/2002) e o aparelho está registrado na ANVISA (registro nº 80342230008).
A ECT é tão ou mais eficaz que qualquer outro tratamento antidepressivo. Pesquisas confirmaram sua eficácia e, também, superioridade em relação às medicações. Nos casos de episódios depressivos primários, a taxa de remissão com a utilização da ECT foi estimada em 80-90%, enquanto que, com medicações, foi de 60-70%.

Perguntas Frequentes

É uma estimulação elétrica do cérebro, que induz disparos rítmicos autolimitados. Com isso, ocorre um equilíbrio nos neurotransmissores como a serotonina, dopamina, noradrenalina e glutamato, responsáveis por propagar os impulsos nervosos do cérebro e manter seu funcionamento normal. A duração do estímulo é de alguns segundos e tem como objetivo aliviar os sintomas da doença. É um tratamento eficaz e seguro, indicado em doenças psiquiátricas, principalmente a depressão. É realizado em sessões, cuja quantidade é definida pelo psiquiatra, em ambiente hospitalar e com o paciente anestesiado para que não haja desconforto ou dor. O paciente recebe alta no mesmo dia.
Sim!  A taxa de mortalidade é estimada em 0,1% a 0,01%, sendo que o principal risco é o da própria indução anestésica. Lembramos que, doenças clínicas não controladas (especialmente cardiovasculares), aumentam o risco do procedimento.
O primeiro passo é realizar os exames pré-ECT para evitar qualquer tipo de risco ou complicação. Os principais exames são:
  • Hemograma completo
  • Dosagem sérica de ureia e creatinina
  • Dosagem sérica de sódio e potássio
  • Glicemia de jejum
  • Radiografia de tórax
  • Eletrocardiograma
  • Coagulograma
  • Encaminhamento do médico psiquiatra responsável
  • Avaliação cardiológica com risco cirúrgico
Em alguns casos, outros exames podem ser necessários conforme avaliação médica
As sessões acontecem às segundas, quartas e sextas-feiras, no período da manhã (exceto feriados e emendas de feriados)), no Centro Cirúrgico Unity (Lipomed), localizado na Av. Indianópolis, 595, Moema, São Paulo, SP. 
  • Para o tratamento, é imprescindível portar os exames pré-ECT e estar em jejum absoluto de 8 (oito) horas para alimentos sólidos e líquidos, incluindo água, a menos que necessite administrar medicações de uso contínuo (como para pressão alta, diabetes, etc.). Neste caso, ministrar normalmente e com pouca água, 2h antes da sessão.
  • É necessário estar acompanhado de um adulto com mais de 18 anos e capaz, desde o momento de chegada até o término do procedimento.
  • O procedimento total, da chegada à saída, dura em média uma hora. Usar roupas confortáveis.
  • Não molhar o cabelo na manhã do procedimento.
  • Não dirigir automóvel ou outros veículos, durante todo o dia. O paciente não pode ser transportado na garupa de motocicleta após o procedimento.
  • Dores de cabeça e musculares são comuns e o uso de analgésicos pode ser necessário.
  • A perda de memória é variável de acordo com a sensibilidade de cada um e, em geral, a recuperação ocorre após o fim das sessões.
  • Não é recomendável tomar decisões importantes durante o período de tratamento (por exemplo, assinar documentos, comprar imóveis, etc.).
  • Alguns medicamentos deverão ser suspensos antes de iniciar o procedimento, a critério do médico.
  • A maioria dos pacientes requer de 6 a 12 sessões (a decisão será de responsabilidade do médico responsável, podendo os médicos do IPAN opinar quando solicitados).
É importante conversar com o seu médico e tirar todas as dúvidas.
A eletroconvulsoterapia (ECT) é uma técnica que existe desde 1938 e que, atualmente, utiliza-se de aparelhagens modernas e avançadas, além de anestesia e todo aparato necessário, para produzir estímulos elétricos no cérebro que induzem disparos rítmicos autolimitados. Com isso, ocorre um equilíbrio nos neurotransmissores como a serotonina, dopamina, noradrenalina, glutamato, para tentar restabelecer a normalidade do funcionamento.
De forma nenhuma.  O tratamento é especializado e seguro, utilizado nos principais centros médicos do mundo. Podemos até dizer que a ECT realizada atualmente é outro tratamento, bem diferente do antigo.
A ECT aplicada atualmente é denominada uma técnica modernizada por:
  • ser realizada com anestesia;
  • ser aplicada em ambiente hospitalar;
  • utilizar-se de aparelhagens de última geração;
  • ser ministrada por profissionais especialistas e com equipes treinadas.
A técnica é indolor pelo uso de anestesia geral, dura cerca de 3 a 5 minutos. Além disso, utiliza-se de relaxante muscular para amenizar os efeitos desencadeados por disparos rítmicos autolimitados. E por fim, exige o uso de oxigenação por máscara para evitar qualquer tipo de dano cerebral. Lembramos que, conforme indicação médica, outras medicações podem ser necessárias.
É a que apresenta eficácia e perfil benigno de efeitos colaterais, principalmente o de memória. Difere da técnica antiga, pois utiliza um tipo de onda de pulso breve e ultrabreve, parecido com a onda fisiológica do nosso organismo. Difere também em relação à localização dos eletrodos: Unilateral, ou seja, aplicados apenas de um lado da cabeça, preservando a memória. E, por fim, a intensidade do estímulo é calculada individualmente para se adequar a cada paciente. Todas estas características tornam a ECT mais sensível, eficaz e segura, e com poucos efeitos colaterais.
Sim, pois a utilização da técnica modernizada, com anestesia, permite isso.
As aplicações, ministradas por psiquiatras devidamente especializados, são realizadas em ambiente hospitalar, com o uso da técnica modernizada e avançada. O paciente deve chegar ao hospital em jejum absoluto de 8 horas e, após ser acolhido na recepção, ser avaliado pelas equipes de enfermagem, psiquiátrica e anestesia. É realizada a infusão das medicações (anestésico, relaxante muscular e outras, se houver indicação), por meio de acesso venoso (procedimento que pode ser incômodo). Quando o paciente estiver completamente anestesiado (inconsciente), é feito o estímulo elétrico, com duração de 2 a 8 segundos. O estímulo elétrico desencadeia disparos rítmicos cerebrais autolimitados de aproximadamente 20 segundos, praticamente imperceptível. Durante todo o processo, o paciente fará uso de oxigenação por máscara. Em seguida, ao retomar a consciência, fará um lanche leve, será avaliado pela equipe e liberado para deixar o hospital.
O número de aplicações de ECT não é padronizado e há um consenso de que não deva ser previamente fixado, pois depende de alguns fatores, como: diagnóstico, gravidade, tolerância às alterações cognitivas, idade, complicações clínicas, entre outros. A maioria dos pacientes requer entre 6 a 12 sessões de ECT. Em geral, são necessárias de 6 a 8 sessões para alcançar o resultado desejado.
O tratamento com ECT é realizado três vezes por semana, em dias alternados (segunda, quarta e sexta-feira), esquema que permite o equilíbrio entre a velocidade da resposta clínica e o tempo entre as aplicações para que haja a recuperação completa.
Quando há melhora clínica, o tratamento de manutenção é indicado, porém, sua administração fica a critério do psiquiatra e vontade do paciente. De qualquer forma, recomenda-se a redução gradativa das aplicações (por exemplo: semanal, quinzenal ou mensal, conforme avaliação e indicação).
A principal indicação é no tratamento da depressão. E pode ser realizada em todos os tipos de depressão: moderada, grave, refratária, unipolar, bipolar, catatônica, ansiosa, com ou sem sintomas psicóticos. Também é indicada quando a depressão está associada a transtornos de personalidade, como distimia, doença orgânica e na gestação. Nesta última, é a primeira indicação, por ter um perfil benigno de efeitos colaterais e não possuir ação teratogênica. Também é utilizada quando há risco de suicídio, refratariedade e catatonia, ou seja, em quadros mais graves. Outras indicações são: síndrome neuroléptica maligna, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), esquizofrenia, doença de Parkinson e epilepsia.
Não há contraindicações absoluta para o tratamento com ECT, apenas cuidados especiais em casos de lesões cerebrais graves e de alterações cardiovasculares instáveis e não tratadas.
O efeito colateral mais temido com a ECT é a perda de memória que, mas com o uso de técnicas modernizada e avançada, este efeito é reduzido. Outros efeitos comuns são dor de cabeça, enjoo e dor muscular, mas que podem ser aliviados com uso de medicação.
A perda de memória é uma das maiores preocupações com a ECT. Em alguns casos, a depressão, por si só, pode estar acompanhada de profundas alterações cognitivas, podendo até, apresentar semelhança com quadros demenciais. Nestes quadros, a ECT pode ser responsável por uma importante melhora da memória. As alterações de memória induzidas pela ECT variam de acordo com vários fatores, como: tipo de onda utilizado para o estímulo (menor alteração com ondas de pulso breve e ultrabreve), intensidade do estímulo, número e frequência de aplicações (quanto menor a intensidade, o número e a frequência, menos alterações), técnica utilizada (a ECT bilateral promove muito mais efeitos cognitivos que a unilateral), idade do paciente (idosos são mais sensíveis), e, por fim, presença ou não de disfunção cerebral preexistente. Em outros casos pode haver esquecimento, principalmente de fatos ocorridos próximos às aplicações. No entanto, isto costuma se resolver após o término do tratamento.
Antes das sessões de ECT é necessário jejum absoluto de 8 horas, remoção de próteses dentárias, portar os exames, tomar as medicações de rotina (exemplo: anti-hipertensivas), se houver. Também é recomendado: não dirigir, não operar máquinas e não tomar decisões importantes durante o tratamento. Se não houver problemas, seguir com as atividades diárias normalmente.
Em geral, sim, a maioria das medicações pode ser continuada durante o tratamento com ECT. No entanto, existem medicações que exigem atenção especial, por isso, é importante informar o médico para obter orientações. Tratamentos para hipertensão e diabetes, a princípio, devem ser mantidos.
Sim, a ECT é um tratamento seguro. A taxa de mortalidade é estimada em 0,1% a 0,01%, que corresponde ao risco da própria indução anestésica. A principal causa de morte se deve a complicações cardiovasculares, mas, com o uso criterioso da técnica, esse risco é reduzido. O método é reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina (Resolução CFM: 1.640/2002) e o aparelho está registrado na ANVISA (registro nº 80342230008).
A ECT é tão ou mais eficaz que qualquer outro tratamento antidepressivo. Pesquisas confirmaram sua eficácia e, também, superioridade em relação às medicações. Nos casos de episódios depressivos primários, a taxa de remissão com a utilização da ECT foi estimada em 80-90%, enquanto que, com medicações, foi de 60-70%.