DEPENDÊNCIA QUÍMICA
DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Dependência Química
Do uso à dependência química: um caminho que tem volta!
Ao longo da história, em maior ou menor grau, civilizações do mundo inteiro usaram e ainda usam substâncias não produzidas pelo organismo humano, capazes de atuar sobre um ou mais sistemas para produzir alterações em seu funcionamento. Em geral, o uso está relacionado a ritos religiosos, medicinais e até mesmo recreativos, por produzirem uma sensação prazerosa, tanto de forma solitária como na interação social.
Essas substâncias, também chamadas de drogas, tendem a causar dependência, caracterizada por necessidades emocionais e/ou físicas. Além disso, causam tolerância, necessitando de doses maiores para produzir os mesmos efeitos. Em outros casos, produzem a síndrome da retirada ou abstinência. Em geral, a progressão é a seguinte: começa com o uso, vai para o abuso, podendo chegar na dependência.
A dependência química leva ao vício e, em muitos casos, torna-se um pesadelo, tanto para a pessoa como para a família, visto que o comportamento do viciado prejudica o convívio e, muitas vezes, os demais familiares não sabem como agir.
As drogas e as suas classificações
Existem diversas formas de classificação das drogas, que compreendem desde a composição química e mecanismo de ação até os efeitos causados no sistema nervoso – excitatórios, inibitórios, alucinógenos, etc. Confira abaixo alguns exemplos:
Cocaína: pode ser inalada (cheirada) ou injetada nas veias. Tem efeitos excitatórios, promovendo a liberação de dopamina (o neurotransmissor do prazer). Uma das drogas de alto consumo no Brasil e comumente associada a criminalidade.
Crack: versão “impura” da cocaína, é produzido a partir da mistura de pasta-base de coca com bicarbonato de sódio e água. Feito para ser aquecido e fumado, a fumaça produzida pela queima da pedra chega ao sistema nervoso central em 10 segundos, causando uma euforia que dura de 3 a 10 minutos, seguida de depressão, o que provoca intensa dependência.
Ópio e derivados: inclui a heroína, droga importante nos EUA pela prevalência de uso e que vem aumentando o consumo no Brasil. Inclui também as medicações para dor que agem como depressores do sistema nervoso e têm efeitos analgésicos. São substâncias potentes que, em geral, causam dependência.
Alucinógenos: são substâncias cujo principal efeito é a indução de alucinações, frequentemente visuais. Aqui podemos destacar o LSD, a mescalina e a psilocibina.
Maconha: caracterizada por ser um depressor do sistema nervoso central, é a substância ilegal mais utilizada no ocidente. É frequentemente inalada (na forma de cigarro), mas também pode ser ingerida. Os efeitos mais comuns são a euforia e a desinibição.
Outras substâncias: existe uma série de outras substâncias, incluindo medicações psicotrópicas receitadas para transtornos psiquiátricos que podem causar uso abusivo e/ou dependência. Talvez a classe mais comum seja a dos benzodiazepínicos. O desenvolvimento de tolerância ou dependência geralmente é lento e dá-se ao longo de anos de uso contínuo.
Anfetamina e derivados: drogas estimulantes, que provocam aumento das capacidades físicas e psíquicas, frequentemente utilizadas por adolescentes em festas e por pessoas que necessitam ficar acordadas por períodos prolongados.
Tabaco e cafeína: são substâncias estimulantes lícitas que podem causar dependência e consequências expressivas para a saúde, sem, no entanto, ter efeitos entorpecentes – que estimulam o corte com a realidade.
Álcool: uma droga lícita que merece atenção especial, principalmente por sua prevalência, consequências e por se caracterizar como um problema de saúde pública, causadora de distúrbios sociais e familiares.
O álcool é um depressor do sistema nervoso, que age de diversas formas em nosso organismo. Sua absorção ocorre 90% no estômago e 10% no intestino delgado. A metabolização (processo de absorção e eliminação), do álcool no organismo humano é 90% hepática (realizada pelo fígado), e 10% pelos pulmões e rins. A enzima que metaboliza o álcool no fígado é a álcool desidrogenase, que o transforma em aldeído, em seguida, em ácido acético, até a sua eliminação. A absorção é rápida e a meia vida em torno de 8 horas. Seu uso prolongado e contínuo aumenta a capacidade enzimática e é um dos mecanismos de tolerância.
Os efeitos causados pela ingestão de álcool, inicialmente, são a desinibição, seguida de comportamentos irritadiços e até agressivos. Entre os sintomas mais comuns estão fala pastosa, descoordenação motora e redução da atenção e concentração. Outras alterações de comportamento, incluem: alucinose – alucinações auditivas pela redução ou abstinência do álcool, que podem ser aliviadas com doses baixas de antipsicóticos; síndrome de Wernicke – causada pela falta de tiamina e caracterizada por confusão mental, descoordenação motora e nistagmo (oscilações rítmicas e involuntárias de um ou de ambos os olhos); e síndrome de Korsakoff – evolução da síndrome de Wernicke não tratada, consiste em quadro demencial, principalmente com déficits de memória.
O álcool pode parecer uma substância inofensiva, mas de acordo com o grau de intoxicação, pode levar ao coma e à morte. As crises de abstinência e/ou síndrome de retirada se manifestam por efeitos de hiperestimulação autonômica, causando tremores (inicialmente finos, chegando a grosseiros, em quadros mais graves), fotofobia (intolerância à luz), agitação psicomotora, taquicardia, hipertensão, alucinações visuais ou sensações epidérmicas.
A intoxicação por álcool não tem um tratamento específico. Em geral, inclui muita hidratação e reposição de glicose e complexo vitamínico para os casos em que há desnutrição crônica.
Do uso à dependência química: um caminho que tem volta!
Ao longo da história, em maior ou menor grau, civilizações do mundo inteiro usaram e ainda usam substâncias não produzidas pelo organismo humano, capazes de atuar sobre um ou mais sistemas para produzir alterações em seu funcionamento. Em geral, o uso está relacionado a ritos religiosos, medicinais e até mesmo recreativos, por produzirem uma sensação prazerosa, tanto de forma solitária como na interação social.
Essas substâncias, também chamadas de drogas, tendem a causar dependência, caracterizada por necessidades emocionais e/ou físicas. Além disso, causam tolerância, necessitando de doses maiores para produzir os mesmos efeitos. Em outros casos, produzem a síndrome da retirada ou abstinência. Em geral, a progressão é a seguinte: começa com o uso, vai para o abuso, podendo chegar na dependência.
A dependência química leva ao vício e, em muitos casos, torna-se um pesadelo, tanto para a pessoa como para a família, visto que o comportamento do viciado prejudica o convívio e, muitas vezes, os demais familiares não sabem como agir.
As drogas e as suas classificações
Existem diversas formas de classificação das drogas, que compreendem desde a composição química e mecanismo de ação até os efeitos causados no sistema nervoso – excitatórios, inibitórios, alucinógenos, etc. Confira abaixo alguns exemplos:
Cocaína: pode ser inalada (cheirada) ou injetada nas veias. Tem efeitos excitatórios, promovendo a liberação de dopamina (o neurotransmissor do prazer). Uma das drogas de alto consumo no Brasil e comumente associada a criminalidade.
Crack: versão “impura” da cocaína, é produzido a partir da mistura de pasta-base de coca com bicarbonato de sódio e água. Feito para ser aquecido e fumado, a fumaça produzida pela queima da pedra chega ao sistema nervoso central em 10 segundos, causando uma euforia que dura de 3 a 10 minutos, seguida de depressão, o que provoca intensa dependência.
Ópio e derivados: inclui a heroína, droga importante nos EUA pela prevalência de uso e que vem aumentando o consumo no Brasil. Inclui também as medicações para dor que agem como depressores do sistema nervoso e têm efeitos analgésicos. São substâncias potentes que, em geral, causam dependência.
Alucinógenos: são substâncias cujo principal efeito é a indução de alucinações, frequentemente visuais. Aqui podemos destacar o LSD, a mescalina e a psilocibina.
Maconha: caracterizada por ser um depressor do sistema nervoso central, é a substância ilegal mais utilizada no ocidente. É frequentemente inalada (na forma de cigarro), mas também pode ser ingerida. Os efeitos mais comuns são a euforia e a desinibição.
Outras substâncias: existe uma série de outras substâncias, incluindo medicações psicotrópicas receitadas para transtornos psiquiátricos que podem causar uso abusivo e/ou dependência. Talvez a classe mais comum seja a dos benzodiazepínicos. O desenvolvimento de tolerância ou dependência geralmente é lento e dá-se ao longo de anos de uso contínuo.
Anfetamina e derivados: drogas estimulantes, que provocam aumento das capacidades físicas e psíquicas, frequentemente utilizadas por adolescentes em festas e por pessoas que necessitam ficar acordadas por períodos prolongados.
Tabaco e cafeína: são substâncias estimulantes lícitas que podem causar dependência e consequências expressivas para a saúde, sem, no entanto, ter efeitos entorpecentes – que estimulam o corte com a realidade.
Álcool: uma droga lícita que merece atenção especial, principalmente por sua prevalência, consequências e por se caracterizar como um problema de saúde pública, causadora de distúrbios sociais e familiares.
O álcool é um depressor do sistema nervoso, que age de diversas formas em nosso organismo. Sua absorção ocorre 90% no estômago e 10% no intestino delgado. A metabolização (processo de absorção e eliminação), do álcool no organismo humano é 90% hepática (realizada pelo fígado), e 10% pelos pulmões e rins. A enzima que metaboliza o álcool no fígado é a álcool desidrogenase, que o transforma em aldeído, em seguida, em ácido acético, até a sua eliminação. A absorção é rápida e a meia vida em torno de 8 horas. Seu uso prolongado e contínuo aumenta a capacidade enzimática e é um dos mecanismos de tolerância.
Os efeitos causados pela ingestão de álcool, inicialmente, são a desinibição, seguida de comportamentos irritadiços e até agressivos. Entre os sintomas mais comuns estão fala pastosa, descoordenação motora e redução da atenção e concentração. Outras alterações de comportamento, incluem: alucinose – alucinações auditivas pela redução ou abstinência do álcool, que podem ser aliviadas com doses baixas de antipsicóticos; síndrome de Wernicke – causada pela falta de tiamina e caracterizada por confusão mental, descoordenação motora e nistagmo (oscilações rítmicas e involuntárias de um ou de ambos os olhos); e síndrome de Korsakoff – evolução da síndrome de Wernicke não tratada, consiste em quadro demencial, principalmente com déficits de memória.
O álcool pode parecer uma substância inofensiva, mas de acordo com o grau de intoxicação, pode levar ao coma e à morte. As crises de abstinência e/ou síndrome de retirada se manifestam por efeitos de hiperestimulação autonômica, causando tremores (inicialmente finos, chegando a grosseiros, em quadros mais graves), fotofobia (intolerância à luz), agitação psicomotora, taquicardia, hipertensão, alucinações visuais ou sensações epidérmicas.
A intoxicação por álcool não tem um tratamento específico. Em geral, inclui muita hidratação e reposição de glicose e complexo vitamínico para os casos em que há desnutrição crônica.